Com Pitty, Karol Conka, Luedji Luna, Flora Matos e Alice Caymmi entre os destaques, WME 2018 reúne quase 6 mil pessoas espalhadas entre painéis, workshops, festas e shows

Com Pitty, Karol Conka, Luedji Luna, Flora Matos e Alice Caymmi entre os destaques, WME 2018 reúne quase 6 mil pessoas espalhadas entre painéis, workshops, festas e shows

Texto Stefanie Gaspar e Claudia Assef
Fotos Anna Mascarenhas, Helena Wolfenson e Camila Svenson

Foi um fim de semana de fortes emoções para quem esteve nos eventos da segunda edição do Women’s Music Event, que teve sua espinha dorsal, com painéis, workshops e shows, realizada no Centro Cultural São Paulo nos dias 16 e 17. O evento reuniu quase 100 mulheres de todos os segmentos da música para fomentar conhecimento e abrir novos caminhos para a inclusão no mercado, na sociedade e na política. Sob forte impacto pelo assassinato da deputada Marielle Franco, do PSOL, que foi lembrada em muitos momentos do evento, por artistas como Pitty, Luedji Luna, Luiza Lian e Karol Conka, o WME amplificou o protagonismo de mulheres e apresentou ao mercado musical profissionais questões que representam o presente e o futuro da música no Brasil.

Ao longo dos dois dias de conferência, mais de 1.000 pessoas circularam entre os 13 painéis, 7 workshops e quatro shows gratuitos! Foram debatidos temas como o mercado publicitário, o vício em tecnologias como o smartphone, o crescimento do rap no mainstream, o processo de criar um álbum em um mundo pós-gravadoras, plataformas de streaming, influenciadores digitais, entre outros temas atualíssimos do mercado. Nos workshops, o público pôde se aventurar em aulas de beatmaking, discotecagem, gestão de carreira, segurança digital, potencialização de ganhos no mercado da música, editais e stage management.

A DJ Ingrid, da D-Edge College, durante seu workshop de discotecagem no WME 2018

Nos shows, houve apresentações emocionantes de artistas essenciais na música brasileira hoje, como Alice Caymmi, Far from Alaska, Luiza Lian, Flora Matos, Nina Becker, Luedji Luna, Karol Conká, Lurdez da Luz, Mariana Mello, Drik Barbosa, Clara Lima e a DJ Mayra Maldjian, além de uma festa de música eletrônica onde tocaram as DJs Paula Chalup, Marina Dias e a argentina Ana Helder.

A Sala Adoniran Barbosa recebeu boa parte dos painéis e foi palco para os quatro shows gratuitos do WME 2018

WME DIA 1

O primeiro dia já começou com assunto quente: o painel Hashtag Publi: os limites do casamento entre marcas e influenciadores, com a participação de Raquel Virgínia e Assucena Assucena, da banda As Bahias e a Cozinha Mineira, Bia Granja e Mariana Aydar, com mediação de Fatima Pissarra.

Para uma plateia lotada, Assucena explicou a importância de as marcas abraçarem artistas que fogem do conceito tradicional de beleza, fomentando uma ideia mais múltipla do que é ser aceito. “É importante que as marcas falem sobre novos conceitos de beleza, coloquem uma trans, uma mulher negra, uma mulher que tem outra fala, outra história, na capa da revista, na frente do comercial do produto. Essa validação é importante porque as pessoas acompanham e adotam o que é dito por uma marca famosa”, explicou a cantora e compositora. “Você vê que as cervejarias estão mudando, por exemplo, radicalmente a ideia de mulher que sempre tiveram. Existe uma mudança de paradigma, parte disso pela cobrança dos movimentos sociais”, completou Raquel.

Em seguida, o painel MOTOROLA apresenta: Você é do mundo, não do smartphone, com presença de Lorena Calabria, Renata Altenfelder, Tássia Reis e Karina Oliani, com mediação de Claudia Assef, analisou as vantagens e desvantagens de um mundo ultraconectado, no qual não fazemos praticamente nada sem um telefone na mão. “Pode parecer ruim passar o dia conectado, mas pra mim, que sou artista independente e fiz minha carreira a partir do impulso da internet, pode ser uma coisa boa. A gente consegue atingir muita gente, é importante principalmente para artistas periféricos”, explicou Tássia Reis. Entre o público, as perguntas foram sobre as dificuldades de se manter uma vida privada em tempos de internet até dicas de como impulsionar uma carreira na música por meio do digital.

Claudia Assef mediando o painel que teve participação de Tássia Reis, Renata Altenfelder, Karina Oliani e Lorena Calabria

Outro momento importante do primeiro dia de conferência foi o painel Rap: Como um movimento que nasceu no gueto se consolidou como uma das maiores forças da música pop. O papo contou com Karol Conká, Eliane Dias, Daniela Rodrigues e Nicole Balestro, com mediação de Lulie Macedo, e emocionou o público com a menção da empresária e advogada Eliane Dias (Boogie Naipe) ao assassinato de Marielle. “A manifestação que tivemos ontem na Avenida Paulista e as demais espalhadas pelo Brasil mostraram que a massa negra que milita é uma massa negra que consome, que não pode ser ignorada nunca. Acendeu uma luz ali. Esse povo, todo sabe o que quer, e a força do rap chega nesse contexto de consciência política, social e de mercado”.

Lulie Macedo (de costas), Eliane Dias, Nicole Balestro, Daniela Rodrigues e Karol Conka falam sobre rap no WME 2018

A empresária do Racionais MC salientou a importância de compreender que o rap, também feito por mulheres e com artistas mulheres, sempre existiu e sempre foi forte no cenário brasileiro. O que mudou foi a descoberta do mainstream de que este mercado é lucrativo. “Houve um enfrentamento muito grande da respeitabilidade de entender o rap como porta-voz de uma cultura. Essa coisa de vir de lugares que ninguém esperava nos deu base. A gente sabe o que quer e pra onde vai. Estamos aqui, empresárias do rap, tornando esse mercado mais profissional. Perceberam que o negro é 52% da população, e que consumimos e muito”, concluiu.

Falando mais sobre o empoderamento feminino em um mundo tão tradicionalmente masculino, Karol Conka explicou que é hora da mulher tomar para si o protagonismo que sempre lhe foi negado historicamente. “Falam que a mulher negra não pode isso, não pode aquilo, pois eu digo pra todo mundo: eu sou preta e sou foda. Sou linda, faço questão de dizer, ainda mais em um mundo no qual ser negra e maravilhosa sempre nos foi negado”. Sob aplausos, as mulheres da mesa novamente agradeceram o trabalho de ativistas negras como Marielle Franco, e garantiram que o trabalho está só começando.

MADRINHA WME 2018

A madrinha Pitty não conseguiu conter a emoção quando falou de Marielle Franco e chorou

Marielle também foi lembrada no painel com a cantora Pitty, que contou ao público sobre as dificuldades de ser mulher em meio ao mundo do hardcore de Salvador. “Me senti até fútil saindo de casa e pensando em falar em um painel sobre mim depois de tudo que tinha acontecido, com Marielle, com o assassinato de uma voz de uma mulher. Mas pensei que é importante continuarmos falando e compartilhando nossas histórias. Faço questão de estar aqui e dizer que sou cantora e compositora, para marcar e acabar com essa herança história de silenciar mulheres”, explicou a cantora.

“Um grande obstáculo do qual me recordo foi o desafio de subir num palco e ser escutada e não vista. Sempre teve o fetiche da mulher na banda de rock, e isso sempre me incomodou. Na década de 90, na cena do hardcore em Salvador, a minha estratégia era me masculinizar. A frase da Simone de Beauvoir me fez todo o sentido, de não nascer mulher, de se tornar mulher. Hoje eu já tenho mais conforto de poder subir num palco de saia e fazer o que eu quiser”, completou Pitty, que também comentou com o público sobre seu processo criativo e novo álbum de estúdio, que chega ainda em 2018. A artista também aproveitou para anunciar o lançamento do documentário Do Ventre à Volta, que conta seu retorno aos palcos e estúdio após o nascimento de sua filha.

O showzaço de Alice Caymmi empolgou tanto que acabou sendo “invadido” por crianças da plateia

O dia encerrou com o show catártico de Alice Caymmi, apresentando o repertório cheio de força de Alice. Assim como aconteceu ano passado no WME, no show da cantora Tiê, crianças invadiram o palco e roubaram a cena num momento explosão de fofura. Luna (8), Maia (6) e Malu (3), filhas das sócias do WME, subiram ao palco para cantar Princesa, junto com Alice.

Nina Becker encerra a programação noturna do primeiro dia do WME 2018

Em seguida, a banda Far from Alaska mostrou seu rock pesado para o CCSP lotado, repleto de fãs de seu som stoner rock. Na programação da noite, Nina Becker e Luedji Luna apresentaram as canções de seus álbuns mais recentes, em uma programação especial do WME na Jazz Nos Fundos, que reuniu mais de 300 pessoas. Destaque para o discurso emocionado de Luedji Luna, que deixou muita gente com lágrimas nos olhos.

No final do painel sobre Direito Autoral, teve Parabéns a Você para Tiê – este é segundo aniversário que ela passa no WME

WME DIA 2

Buscando compartilhar conhecimentos mais específicos sobre direito autoral e música na era da internet, o dia começou com o painel Direito Autoral: Como determinar a autoria de uma música? Compositoras, letristas, quem deve receber pelos direitos de uma canção?. A mesa, com Kamilla Fialho, Angela Johansen, Lisiane Pratti e Tiê, com mediação de Guta Braga, mostrou ao público como a divisão de direitos autorais é um assunto complexo e subjetivo.

“Eu divido igualmente, mesmo que a pessoa no caso tenha me dado apenas uma ideia ou uma frase que tenha gerado a música. Acho que o mais importante para qualquer artista jovem é pensar em sua própria maneira de dividir os direitos de suas faixas, e contratar uma equipe capaz e competente que consiga lidar com as leis de direito autoral para que ninguém tenha problemas no futuro”, explicou Tiê, que respondeu dúvidas do público sobre direitos autorais, divisão de royalties e parcerias com músicos, produtores e diretores artísticos.

Em seguida, a mesa SKOL apresenta: A Lei do Retorno tratou de como as marcas podem e devem auxiliar o mercado musical a crescer de maneira autoral e, ainda assim, manter a independência. A mesa contou com Adriana Molari (Skol), Karen Cunha, Dai Dias e Cris Falcão. Dai, do festival Bananada, explicou ao público que o mais importante em qualquer parceria com marcas é a questão da continuidade. “Para mudar essa realidade, precisamos de investimento das marcas de forma contínua, para que um trabalho não seja interrompido no meio do caminho, e os festivais e artistas fiquem sem entender como viabilizar suas estruturas”.

Em outra mesa aplaudida da tarde, Elka Andrello, Vera Egito, Joana Mazzucchelli, Barbara Ohana e Renata Simões conversaram sobre o papel do audiovisual no mercado musical atual. Vera Egito explicou ao público que a representatividade da mulher só vai aumentar quando existir uma correção em relação à injustiça histórica que sempre bloqueou a presença de profissionais mulheres dentro do cenário musical: “Lógico que existe mulher foda VJ, eletricista, diretora de clipes, o que ela não tem é historicamente espaço para ter um currículo e a experiência que merece por causa do preconceito e da exclusão. Essa mulher é tão talentosa quanto um homem, então é uma questão do mercado abrir as portas não pensando só em currículo, e sim nessa justiça social, nesses talentos que vão além do currículo apenas”.

O dia contou também com o painel Branding: Os segredos por trás da construção da imagem e styling dos artistas e discussões sobre a equipe técnica feminina por trás de eventos e festivais, além de um papo sobre o papel dos influenciadores digitais que contou com participação de nomes quentíssimos da internet: Flávia Durante, Preta Rara, Ellen Milgrau e Marina Dias, com mediação da jornalista e RP Manuela Rahal.

Flora Matos fez um show bombástico mostrando as músicas de seu novo álbum, Eletrocardiograma

Fechando a noite, Luiza Lian apresentou o onírico e delicado repertório de Oyá Tempo, e logo em seguida o CCSP veio abaixo com a apresentação da rapper Flora Matos, que apresentou seu aguardado novo disco, Eletrocardiograma.

O WME 2018 não teria sido possível a figura do patrocinador e dos apoiadores, que trouxeram ativações incríveis para o espaço do CCSP. Com patrocínio master da marca Quem Disse Berenice?, pertencente ao Grupo Boticário, o projeto, contemplado pelo Programa de Ação Cultural – ProAC, ainda teve apoio das marcas Skol, Motorola, TNT Energy Drink, Absolut, eQlibri, UBC, Jameson, Universa (UOL) e parcerias com Sympla, Levi’s, Habro Music e Cremme com realização de MD/Agency, Music Non Stop, Centro Cultural São Paulo, Edital de Apoio à Criação Artística, Linguagem Música, Prefeitura de São Paulo e Governo do Estado de SP.

O aumento de cerca de 60% da adesão de marcas em relação à primeira edição consolida o WME como referência no assunto e atrai cada vez mais empresas que acreditam na força atuante da mulher inserida na indústria musical brasileira.

SÁBADO ELETRÔNICO, DOMINGO BOMBÁSTICO

A DJ Marina Dias, residente do Clube Jerome, abriu os trabalhos na festa de música eletrônica do WME 2018

A noite de sábado levou os mais animados ao Clube Jerome para dançar ao som de três superDJs. Marina Dias, residente dos sábados no clube, foi encarregada da abrir os trabalhos e preparou a pista para a argentina Ana Helder. A paulista Paula Chalup mostrou a experiência de quem acumula 20 anos de carreira fazendo um set maravilhoso até o encerramento da festa.

No domingo, o dia amanheceu perfeito para uma festa na rua. E assim foi. A tarde começou com o som ensolarado do Bloco Pagu, que apresentou seu repertório de pérolas da música brasileira temperadas com seu tradicional molho carnavalesco e feminista. Foi o jeito perfeito de começar a festança, com sons de Rita Lee, Marina Lima, Elza Soares, Elis Regina, entre outras cantoras, tudo isso na rua, em frente às casinhas do House of All.

O Bloco Pagu apresentou seu repertório chic de cantoras de várias gerações da música brasileira

A tarde seguiu animada com o início das apresentações do time de cantoras que foi escolhido para fechar os trabalhos do WME 2018 com a energia vibrante do rap. A primeira a se apresentar na vitrine da House of Food foi Drik Barbosa, do Rimas & Melodias, mostrando sua força e afinação. Em seguida, Mari Mello chegou apresentando letras ferozes e seu jeito marrento de cantar; quebrou tudo!

Karol Conka: já que era pra tombar… mais de 4.000 pessoas foram à festa de encerramento do WME 2018

Em seguida, Clara Lima trouxe sua consciência política em rimas ferozes, já para uma plateia que não cabia na foto. Lurdez da Luz trouxe mostrou seu domínio de palco com a experiência de quem está há anos na estrada, abrindo perfeitamente para Karol Conka tomar o palco e tombar com tudo. Àquela altura, por volta das 19h40, já éramos cerca de 4.000 em torno da House of Bubbles. Se teve hit da Mamacita? De Lalá a Tombei, ela presenteou quem estava ali com quase todos. Teve menção emocionada à Marielle Franco também, claro. E muitos recados sobre união e a importância do debate sobre a presença da mulher na música. Foi lindo. A saideira ficou com o DJ set da talentosa Mayra Maldijan, que tocou dentro da House of Bubbles, um repertório fino e rebolativo.

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Madrinha do WME 2018, Pitty fala sobre carreira, Carnaval das mulheres e novo álbum

Madrinha do WME 2018, Pitty fala sobre carreira, Carnaval das mulheres e novo álbum

Madrinha do WME 2018, a cantora e compositora Pitty começou o ano com tudo: além de começar a preparar seu novo álbum de estúdio (seu último lançamento foi Setevidas, de 2014), a artista comandou o bloco Respeita as Minas no Carnaval de Salvador e tem falado cada vez mais sobre o papel da mulher no cenário musical brasileiro.

Em entrevista com a gente, a cantora falou sobre suas expectativas para o WME, influências musicais e indicou várias minas

Você é a madrinha do WME 2018, estamos muito animadas <3 Quais suas expectativas para o evento? Como é para você representar a nossa plataforma de empoderamento de mulheres?

Eu tô muito animada e honrada também! Minha perspectiva é ouvir e conhecer o trabalho e a estrada de outras mulheres no mercado da música, me conectar e fortalecer esses laços. Nem sei se representar, mas fazer parte dessa plataforma para mim é uma honra e um prazer.

O que você pode adiantar pra gente sobre seu novo álbum? De sonoridade, composições, processo de composição…?

Ainda tá tão no comecinho… não tem muito pra dividir por enquanto. Tô no processo, deixando fluir…

Quais álbuns e projetos de minas você anda acompanhando no cenário brasileiro? E internacional?

Várias. Tem uma gringa que inclusive vai tocar no Lolla essa semana que se chama Tash Sultana. A história é muito boa, eu tava ouvindo umas referências de som e veio esse track, que eu achei foda, e pensei: “pô, que banda legal. vou pesquisar mais”. Quando eu fui ver, quase caí pra trás: a “banda” é essa mulher, sozinha, cercada de instrumentos, mics e loop station, num esquema “one girl band”. É bem foda, vale procurar.

No Brasil tem tantas que to apaixonada… Tássia Reis, Drik Barbosa e todas as meninas do Rimas&Melodias, amo as coisas de Maria Rita também, Linn da Quebrada, Liniker, Karol, Flora… Emmily e Cris do Far From Alaska….

Como foi trabalhar com a Elza recentemente?

Maravilhoso. Um sonho realizado. Ter ela gravando uma composição minha é realmente uma emoção que vou levar pra sempre. Admiro demais essa mulher, aff. E tô doida pra ouvir o disco novo dela que vem por aí 🙂

O que esse ano como mãe te trouxe de novas perspectivas em relação a sua carreira? Como foi esse período especial para você?

De muitas descobertas, aventuras, conhecimento emocional, angústia, alegrias… tanta coisa junta! Eu fiz questão de mergulhar na maternidade de forma bem profunda, e essa retomada de ser mãe/ todas as outras coisas que a gente é e quer ser na vida ainda está em processo. Talvez não termine nunca, porque o filho vai só mudando de fase, e a gente vai junto.

Como foi a sua participação no trio Respeita as Minas? Pelo que acompanhei teve muita gente prestigiando o trampo das mulheres nesse Carnaval.

Foi muito, muito, especial. Simbólico também, determinador de espaço e história. Estávamos entre dois trios comandados por homens, com músicas que volta e meia trazem aquele conteúdo estereotipado sobre mulher, relações amorosas, etc. Foi massa estar ali naquele contexto como um movimento de resistência, de surpresa, de trazer um novo diálogo e perspectiva para aquele espaço.

Você tem acompanhado o cenário musical de Salvador, conhecido umas minas incríveis que todo mundo deveria acompanhar o trampo?

Sim, e Larissa Luz é definitivamente uma delas. Que potência! Luedji Luna também. E as minhas contemporâneas e talentosíssimas Nancy Viegas e Rebecca Mata.

Muito além da conferência: fique por dentro dos shows e da superfesta de encerramento do WME 2018 de graça com Karol Conka e Bloco Pagu

Muito além da conferência: fique por dentro dos shows e da superfesta de encerramento do WME 2018 de graça com Karol Conka e Bloco Pagu

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Plataforma criada para aumentar o protagonismo da mulher na música, a conferência Women’s Music Event já está com tudo pronto para sua segunda edição, com uma programação bombástica envolvendo cerca de 90 mulheres, entre artistas e profissionais da música de todo o Brasil.

A parte diurna do WME 2018 será realizada no Centro Cultural São Paulo nos dias 16 e 17 de março com uma programação intensa, somando 13 painéis, 8 workshops e 4 shows, dos quais participam fortes nomes femininos da música brasileira atual. Durante as discussões estarão em pauta temas dos mais urgentes dentro da indústria da música e do entretenimento.

Entre os nomes confirmados na programação diurna do WME 2018 estão Karol Conka, Alice Caymmi, Luiza Lian, Far From Alaska, Flora Matos, Tiê, As Bahias e A Cozinha Mineira, Sarah Oliveira, Bia Granja, Camila Garófalo, Eliane Dias, Fabiana Batistela, Barbara Ohana, Mariana Aydar, Fatima Pissara, Gaia Passarelli, Lei Di Dai, Renata Brandão, Lorena Calabria, Preta Rara, Flávia Durante, Anna Boogie, Manuela Rahal, Camila Garófalo, Patricia Palumbo, Roberta Martinelli, Claudia Assef, Daniela Rodrigues, Ellen Milgrau, Marina Dias, Renata Gomes, Nicole Balestro, Yasmin Muller, Ligia Lima, Camila Zana, Angela Johansen, Mariana Bergel, Manu Carvalho, Vera Egito, Elka Andrello, Joana Mazzucchelli, Roberta Youssef, Karen Cunha, entre outras.

TEMPLATE ARTISTAS

Depois de estrear com Marina Lima como madrinha num dos momentos mais emocionantes do WME 2017, a edição de 2018 presta uma merecida homenagem à cantora e compositora baiana Pitty. O painel exclusivo sobre sua vida e obra acontece na sexta, dia 16, das 17h30 às 19h, com mediação de Claudia Assef.

Para participar da extensa programação de painéis, workshops e momentos de networking, o valor do ingresso é de R$ 40 (R$ 20 meia entrada) por dia. Os shows da banda Far From Alaska, de Luiza Lian, Flora Matos, além de uma atração surpresa, programados para o CCSP nos dois dias da conferência, são gratuitos.

23 - Flora Matos - 17-03 - SHOW
Flora Matos fará um dos quatro shows gratuitos que acontecerão na parte diurna do WME 2018 no CCSP

Para participar da programação de painéis, workshops e momentos de networking, o valor do ingresso é de R$ 40 (R$ 20 meia entrada) por dia. Os shows da banda Far From Alaska, de Luiza Lian, Flora Matos, além de uma atração surpresa, programados para o CCSP nos dois dias da conferência, são gratuitos. Quem quiser conferir a programação completa pode comprar o nosso passaporte do evento por R$150 (disponível meia-entrada).

WOMEN’S MUSIC EVENT 2018

Centro Cultural São Paulo
Sexta, 16 de março, a partir das 12h30 (credenciamento a partir das 11h)
Sábado, 17 de março, a partir das 14h30 (credenciamento a partir das 14h)
Rua Vergueiro, 1000, Liberdade, São Paulo
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 por dia; passaporte contemplando 2 dias de CCSP + Clube Jerome + Jazz nos Fundos: R$ 150 (R$ 75 meia)

Festas

Luedji Luna é uma das atrações das festas do WME 2018

Jazz nos Fundos
Sexta, 16 de março, a partir das 22h30
Rua Cardeal Arcoverde, 742, Pinheiros, São Paulo
Shows: Nina Becker e Luedji Luna
Ingressos: R$ 40 (acesso a livre para quem comprou o passaporte completo)

A baiana Luedji Luna despontou como grande novidade em 2017, quando lançou seu primeiro disco, “Um Corpo no Mundo”, mostrando o resultado de anos como cantora e compositora pelos palcos da Bahia. Natural de Salvador, Luedji é cofundadora do PALAVRA PRETA, mostra que reúne compositoras e poetisas negras de todo o Brasil. Seu álbum de estreia foi contemplado em primeiro lugar com o Prêmio Afro em patrocínio com a Petrobrás. Luedji é um dos talentos que devem marcar 2018, ano que marca sua primeira turnê pelo Brasil.

A carioca Nina Becker é conhecida de longa de quem curte boa música feita no Brasil. A multiartista iniciou sua carreira de cantora na big band Orquestra Imperial, banda com a qual refinou sua voz ao longe de 15 anos.

Em 2017, Nina lançou Acrílico, um álbum de canções autorais inspirado nos trios de bossa-jazz dos anos 50 /60 somados ao DNA musical de Nina, que combina em harmonia a atmosfera solar do samba com elementos do pós-punk e a influência dos sons experimentais da geração tropicalista. Espere por um show impecável de música brasileira com muita personalidade e bom gosto.

Paula Chalup toca no encerramento do WME 2018 no Club Jerome

Clube Jerome
Sábado, 17 de março, a partir das 23h30
Rua Mato Grosso, 398, Higienópolis, São Paulo
Line-up: Marina Dias, Paula Chalup, Ana Helder
Ingressos: confirmando presença no evento R$ 50 de entrada ou R$ 110 de consumo; na porta, R$ 80 ou R$ 130 de consumo (acesso a livre para quem comprou o passaporte completo)

O Jerome é um dos lugares mais legais de São Paulo para dançar. A pista aconchegante e a decoração intimista combinam perfeitamente com a programação pensada para o sábado eletrônico do WME.

As DJs Marina Dias, residente dos sábados no Jerome, abre os trabalhos da pista. Quem encerra é a veterana Paula Chalup, DJ e produtora das mais talentosas da cena eletrônica nacional, com passagens por noites lendárias como Lov.e Club e Hell’s.  A noite também conta com a presença mais que especial da argentina Ana Helder.

Lurdez da Luz toca no encerramento do WME na House of All

Festa de encerramento House of All
Domingo, 18 de março, a partir das 15h
Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 47, Pinheiros, São Paulo
Line-up: Bloco Pagu, Drik Barbosa, Lurdez da Luz, Mariana Mello, Clara Lima, DJ Mayra Maldjian e Karol Conka
Evento Gratuito

A tarde começa com o fervo do Bloco Pagu, bateria feminina que tem botado pra quebrar nos Carnavais de rua de São Paulo com seu repertório de clássicos de cantoras brasileiras, apresentados em versão carnavalesca.

A festa começa com o Bloco Pagu literalmente na rua (Dr. Virgílio de Carvalho Pinto) e segue com shows de um time poderoso de rappers se alternando entre as vitrines da House of All, espaço colaborativo onde é possível tanto reservar uma sala para trabalhar quanto alugar peças únicas de roupas ou apenas tomar um gin tônica.

Com Karol Conka como headliner, a tarde será regada ao rap das incríveis MCs Lurdez da Luz, Drik Barbora, Mariana Mello, Clara Lima e, finalizando os trabalhos, um set cheio de groove comandado pela DJ Mayra Maldjian. Tudo isso de graça, na rua, em São Paulo, esta cidade que descobriu que a rua é nossa, sim!

ABAIXO A LISTA DE PAINÉIS E WORKSHOPS CONFIRMADOS

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Programação Completa 16/03

Sala Adoniran Barbosa
12H30 – 13H30 > Hashtag Publi : Os Limites do casamento entre marcas, eventos e influenciadores (Painel)
13H30 – 14H30 > MOTOROLA Apresenta : Você é o dono do mundo, não o Smatphone (Painel)
14H30 – 15H30 >Rap: Como um movimento que nasceu do gueto se consolidou como uma das maiores forcas da música pop (Painel)
15H30 – 16H30 > A Magia (e o Sofrimento) por trás do nascimento de um álbum. Afinal pq insistir no formato? (Painel)
16H30 – 18h00 > Q&A – PITTY (Painel)
18H00 – 18h30 > NETWORKING By TNT Energy Drink no Lounge
18h30 – 19h30 – Alice Caymmi (Gratuito – Show)
20h00 – 21h00 – Far From Alaska (Gratuito – Show)

Sala de Ensaio I
14h00 – 15h00 > Beat Making (Workshop)
15h00 – 16h00 > Discotecagem (Workshop)
16h00 – 17h00 > Gestão de Carreira (Workshop)
18h00 – 19h00 > Segurança Digital para Mulheres (Workshop)

Sala de Ensaio II
18h00 – 19h00 > Diga-me quem vc segue e eu te direi o que vc ouve: a importância da curadoria musical no mercado das plataformas digitais (Painel)

Programação completa 17/03

Sala Adoniran Barbosa
15H00 – 16H00 > Direito Autoral: Como determinar a autoria de uma música? Compositoras, letristas, quem deve receber pelos diretos de uma canção? (Painel)
16H00 – 17H00 > Audiovisual: Clipe, VJing e iluminação como ferramenta fundamental para divulgação da música (Painel)
17H00 – 18H00 > Branding: Os segredos por trás da construção de imagem e styling dos artistas (Painel)
18h00 – 18h30 > Networking by TNT Energy Drink no Lounge WME
18H30 – 19H30 > Luiza Lian (Gratuito – Show)
20H00 – 21H00 > Flora Matos (Gratuito – Show)

Sala de Ensaio I
14h30 – 15h30 > Formação de Rede: como plataformas de música voltadas para mulheres podem acelerar o protagonismo feminino no mercado (Painel)
15h30 – 16h30 > SKOL Apresenta: A Lei do Retorno “Como o investimento privado e os esforços de marketing de uma marca podem influenciar positivamente a cena cultural de uma cidade (Painel)
16h30 – 17h30 > A equipe técnica pode ser a alma do seu show/festival (Painel)
17h30 – 18h30 > Influenciadores: quem é você na fila dos likes (Painel)

Sala de Ensaio II
14h30 – 15h30 > Aprenda a Cantar Encontrando a Sua Própria Voz (Workshop)
15h30 – 16h30 > UBC Apresenta: Como potencializar os ganhos com sua música? (Workshop)
16h30 – 17h30 > Stage Management (Workshop)
17h30 – 18h30 Editais e Leis de Incentivo, por onde eu começo? (Workshop)

WME 2018 chega com Pitty como madrinha,12 painéis e 9 workshops; veja prévia da programação

WME 2018 chega com Pitty como madrinha,12 painéis e 9 workshops; veja prévia da programação

TEMPLATE ARTISTAS

Cerca de 70 mulheres que ocupam posições estratégicas no mundo da música estarão dividindo seus conhecimentos com o público ao longo de 12 painéis e 9 workshops durante o WME 2018. O evento chega cheio de novidades, com a cantora e compositora Pitty como madrinha e a presença de minas como Alice Caymmi, As Bahias e a Cozinha Mineira, Fabiana Batistela, Gaía Passarelli, Lei Di Dai, Mari Bergel, Patricia Palumbo e Renata Simões. Cola aqui pra ver o evento completo.

O WME se desdobra em diversas frentes: conteúdo no site, showcases, a premiação WME Awards by VEVO e um cadastro de profissionais que não para de crescer. E, uma vez ao ano, todos esses conceitos se fundem num só evento, durante a conferência WME, que acontece nos dias 16 (sexta) e 17 (sábado) de março, no Centro Cultural São Paulo.

Reunimos pra você alguns dos painéis, workshops e atrações confirmadas. Dá só uma olhada:

Painéis

Hashtag Publi: Os limites do casamento entre marcas, eventos e influenciadores

Rap:  Como um movimento que nasceu no gueto se consolidou como uma das maiores forças da música pop

Diga-me com quem você segue e eu te direi o que você ouve: A importância da curadoria musical no mercado das plataformas digitais

A magia (e o sofrimento) por trás do nascimento de um álbum: Afinal, por que insistir no formato?

Direito autoral: Como determinar a autoria de uma música? Compositoras, letristas, quem deve receber pelos direitos de uma canção?

Audiovisual: Clipe, VJing e iluminação como ferramenta fundamental para divulgação da música

Workshops

Beatmaking – Rafa Jazz

Cantar é Para Todxs – Patrícia Marx

Editais e leis de incentivo, por onde eu começo? – Inti Queiroz

Gestão de carreira – Fabiana Lian

A cantora e compositora Alice Caymmi

Primeiros nomes confirmados (painéis)

Adriana Viana
Alice Caymmi
Anna Boogie
As Bahias e a Cozinha Mineira
Bia Granja
Camila Garófalo
Claudia Assef
Daniela Rodrigues
Eliane Dias
Fabiana Batistela
Fátima Pissarra
Gaia Passarelli
Guta Braga
Lei Di Dai
Manuela Rahal
Mari Bergel
Nicole Balestro
Patricia Palumbo
Renata gomes
Roberta Martinelli
Tiê
Vera Egito
Renata Simões

Madrinha 2018

Depois de estrear com Marina Lima como madrinha um dos momentos mais emocionantes do WME 2017, temos a horna de anunciar a cantora e compositora baiana Pitty como a madrinha da conferência deste ano. O painel exclusivo sobre sua vida e obra acontece na sexta, dia 16, das 17h30 às 19h, com mediação de Claudia Assef.

Ingressos

Mantivemos os preços da entrada da conferência de 2017 (com R$40 inteira e R$20 meia) e reduzimos o valor do combo para todas as atividades (de R$180 a R$150). Compre aqui a sua entrada e garanta presença no WME 2018.

Peça 03 - GARANTA JÁ O SEU INGRESSO - Post Sexta-feira-01