WME Awards by VEVO foi uma noite de empoderamento e união entre as mulheres da música

WME Awards by VEVO foi uma noite de empoderamento e união entre as mulheres da música

Pra começar este texto sobre a noite de terça (28), quando o primeiro WME Awards by VEVO ganhou vida, após seis meses de planejamento e trabalho, a descrição da cena abaixo cai muito bem: 

Quase final da premiação, Karol Conka sobe ao palco do WME Awards e fala ao microfone: “Vem, amigas”. 

Pitty, Karol e Tássia <3
Pitty, Karol e Tássia <3

Foram entrando Preta Gil, Raquel Virgínia, Assucena Assucena, e então Tássia Reis chega ao centro do palco e começa a improvisar sobre uma cama musical feita ao vivo pela banda formada só por mulheres:

“As mina rima, risca, dança, grafita, não se limita e tem macho que chora e se irrita. Escreve, produz, filma, edita, e ainda bate de frente com quem desacredita. Vai vendo a fita que a gente enfrenta todo dia, mas minha voz milita e ecoa nas periferias.”


Só então a guitarrista Monica Agena solta o riff de Lança Perfume, música que encerraria o Prêmio WME com um time da pesada no palco. Além das cantoras já citadas e da banda, formada por Lan Lanh, Simone Sou, Lana Ferreira e Anna Tréa, além de Monica, a baiana Pitty, que assistia a tudo da primeira fila da plateia acabou se rendendo ao chamado das amigas e subiu ao palco pra cantar com elas a homenagem à Rita Lee.

Você quer uma noite de poder? Então toma: Bahias, Pitty, Tássia, Preta e Karol Conka no palco
Você quer uma noite de poder? Então toma: Bahias, Karol Conka, Tássia e Preta cantando Lança Perfume, de Rita Lee

Essa foi a tônica da noite. Durante quase uma hora e meia de premiação, o que mais se viu foram mulheres torcendo por mulheres. Profissionais das mais diversas áreas da indústria musical estiveram lado a lado numa noite em que o espírito de participação e de pertencimento suplementou qualquer sombra de vibe de competição. O que se viu foram manas apoiando manas. Mulheres aplicando a tal da sororidade em doses elevadas. 

Preta Gil, a grande comandante da noite, soube dar o tom de humor e sororidade com maestria
Preta Gil, a grande comandante da noite, soube dar o tom de humor e sororidade com maestria

E momentos de muita emoção não faltaram. Logo no início da premiação fomos surpreendidas pela chegada de Elza Soares, que caminhava com dificuldade, amparada por seus assessores, por conta de uma cirurgia recente. Ela fez questão de estar na premiação e fez questão de se sentar ao lado de Pitty, com quem protagonizou outra cena para corações fortes, um dueto de Na Pele, improvisado na plateia, logo após terem recebido o prêmio de Melhor Videoclipe. 

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Conduzido com naturalidade e muito bom humor pela brilhante Preta Gil,  o prêmio teve participações especiais de diversas convidadas, entre elas Karol Conka, vencedora de dois prêmios (Melhor Música e Melhor Cantora), Marina Lima, As Bahias e a Cozinha Mineira, Sarah OliveiraThaynara OG, Mulher Pepita, Manu Gavassi, Ellen MilgrauTássia Reis, Bia Boca Rosa Mariana Saad, além de Fátima Pissarra e Claudia Assef, organizadoras que também apresentaram categorias. 

Karina Buhr acompanhada por Simone Sou, Lan Lanh e Anna Trea: peso no batuque e na mensagem
Karina Buhr acompanhada por Simone Sou, Lan Lanh e Anna Trea: peso no batuque e na mensagem

E já que era um prêmio de música não faltam shows incríveis pontuando a noite. Abrindo com Daniela Mercury cantando sua versão de Banzeiro, de Dona Onete, (Daniela gravou sua participação no ensaio durante a tarde, pois teve que voltar para Salvador devido a uma morte em família), a noite teve apresentações das Bahias e a Cozinha Mineira, da própria Preta Gil, cantando o hit recente Vá Se Benzer, Karina Buhr com sua maravilhosa poesia feminista em Selvática (acompanhada pelos tambores de Lan Lanh, Simone Sou e Anna Tréa), além das homenagens a dona Helena Meirelles, que teve a faixa Guaxo tocada com maestria por Monica Agena, e Rita Lee, que foi celebrada ao final da premiação com uma farra de cantoras interpretando Lança Perfume

O anel Ella, by Beatriz Brennheinsein, e o troféu em forma de seio, criado pelo Estúdio Pum
O anel Ella, by Beatriz Brennheinsein, e o troféu em forma de seio, criado pelo Estúdio Pum

Sobre o prêmio em si, vale um parêntese. Desenvolvido pelo Estúdio Pum, ele simboliza um seio, feio em mármore e madeira. Como acompanhamento para o troféu, o anel ELLA, desenvolvido pela designer de joias Beatriz Brennheinsein, era a concretização do elo entre as mulheres que estará a partir de agora visível nas mãos das vencedoras. 

Eliane Dias recebendo o prêmio de Melhor Empreendedora Musical
Eliane Dias recebendo o prêmio de Melhor Empreendedora Musical

Entre tantos discursos fortes, um dos mais marcantes foi o de Vera Egito, vencedora na categoria Melhor Diretora de Videoclipe: “nós não competimos umas com as outras, manas, nós nos fortacelemos”. É isso, Vera. Pra que perdeu esta festa da música brasileira que celebrou o feminino, basta clicar no link abaixo e curtir a íntegra da premiação. 

 

Aproveitamos para agradecer a nossos patrocinadores e apoiadores Niely, TNT, Jameson, Bueno Vinhos, Petybon, Beatriz Brennheisen e Mica e felicitamos não só as vencedoras mas todas as indicadas ao WME Awards by VEVO 2017. Sim, porque este foi apenas o primeiro ano de muitos. Como disse Karina Buhr antes de começar seu número, também temos fé que um dia ser mulher seja algo normal. Mas até lá, tem muito trabalho pela frente. Até 2018!

CONHEÇA AS VENDEDORAS DO WME AWARDS BY VEVO 2017

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Karol Conká, Tássia Reis, Carol Mattos e WME estão entre as atrações do incrível MecaInhotim 2017

Karol Conká, Tássia Reis, Carol Mattos e WME estão entre as atrações do incrível MecaInhotim 2017

Imagina assistir a shows maravilhosos, participar de talks instigantes, aprender coisas novas e legais em workshops e no meio disso tudo dar um mergulho num vastíssimo acervo de arte contemporânea produzida por alguns dos artistas mais renomados do planeta? Se essa ideia acendeu uma lâmpada na sua cabeça, faça como a gente aqui do Women’s Music Event e venha neste fim de semana (7 a 9) para o MecaInhotim. 

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O evento, que combina shows, palestras, workshops e performances, fará sua segunda edição no maior museu a céu aberto da América Latina, o estonteante Instituto Inhotim, que reúne, além de uma paisagem de tirar o fôlego tanto de gringos quanto de brasileiros, obras de artistas como Tunga, Cildo Meireles, Chris Burden, Yayoi Kusama, Matthew Barney, Hélio Oiticica… a lista é imensa e cheia de estrelas do mundo das artes. 

O Women’s Music Event foi convidado para integrar a programação de talks do MecaInhotim 2017, ao lado de empreendedores como João Cavalcanti, cofundador da BOX 1824, Barbara Soalheiro, idealizadora da consultoria Mesa & Cadeira, Gabriel Klein (Vice Brasil) e Lourenço Bustani (Mandalah), entre outros.

Claudia Assef e Monique Dardenne do WME
Claudia Assef e Monique Dardenne: no MECAInhotim para falar da experiência transformadora do WME 

Iremos levar ao MECAInhotim um pouco do que foi a experiência transformadora do Women’s Music Event 2017, que em março deste ano reuniu cerca de 100 mulheres do mais diversos universos da indústria da música em dois dias de debates, workshops, shows e festas. 

WME 2017 AFTERMOVIE

O talk do WME enfocará a música como forma de quebrar paradigmas já tão sedimentados nas nossas cabeças e destruir a ideias pré-concebidas sobre o papel da mulher na indústria musical. Nos dois dias da primeira edição do WME, CEOs de empresas, rappers, roadies, técnicas de som, cantoras pop e DJs não precisaram de legendas para entender a importância do protagonismo de cada uma delas nesse cenário. Mesmo com backgrounds tão diferentes, a música foi capaz de unir, de conectar e, claro, empoderar. 

Além dos altos papos e das obras de arte, quem for ao MECAInhotim também terá acesso a um bocado de shows incríveis. Começando pelos headliners: estão convocados Jorge Benjor, ícone de uma geração e um dos maiores artistas da música brasileira, Karol Conka, um dos principais nomes da nova cena musical nacional, e a rapper Tássia Reis, que já passou pelo nosso WME Sessions. Além deles, dois DJs de muito peso foram escalados para tocar no festival: Joakim (França), velho conhecido do Brasil, e Pional (Espanha), um dos DJ mais criativos a investir num som progressivo, ao lado do parceiro John Talabot.

Entre os shows ainda vão rolar as bandas Ventre, Terno Rei, MOONS, Lumen Craft, além da cantora Lia Paris. Nas day parties, DJs como Lucio Ribeiro, Guga Roselli, Carol Mattos, Belisa, Juliana Baldi, Filipe Raposo, Larissa Busch, entre outros, prometem nos fazer dançar.

Carol Mattos é uma das atrações imperdíveis das Day Parties do MECAInhotim
Carol Mattos é uma das atrações imperdíveis das Day Parties do MECAInhotim

Reconhecido radar da cena cultural global, ao longo dos seus sete anos de história, o MECA já trouxe ao Brasil bandas como AlunaGeorge, Charlie XCX e Two Door Cinema Club, entre outras, ao lado de nomes nacionais como Caetano Veloso, Liniker, Jaloo e Mahmundi.

Com uma duração maior, o MECAInhotim 2017 se estenderá por três dias, um a mais do que no ano passado. Um dos objetivos dessa edição é proporcionar ao público a experiência Inhotim, vivenciada nos acervos artístico, botânico e histórico-cultural. Mal podemos esperar!

Inhotim: beleza natural de tirar o fôlego somada a obras de arte impressionantes
Inhotim: beleza natural de tirar o fôlego somada a obras de arte impressionantes

Aberto ao público em 2006, o Inhotim é um espaço que combina, de forma única, arte contemporânea, jardim botânico e desenvolvimento humano. Localizado em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte, o Instituto é um ambiente inovador e criativo que convida os visitantes a se relacionarem com o mundo de forma mais sustentável, consciente e transformadora. Atualmente o acervo de arte contemporânea do Inhotim possui cerca de 1.300 obras, 700 delas em exposição. Os trabalhos são de 265 artistas, sendo 75 brasileiros e 190 estrangeiros. Já o Jardim Botânico é composto por aproximadamente 4,5 mil espécies. Se estava faltando aquela empurrãozinho pra finalmente ir conhecer (ou voltar) ao instituto, o MECAInhotim surge como uma desculpa perfeita.

Os ingressos variam de R$ 40 (ingresso inteira, para a sexta à noite) a R$ 390 (passaporte inteira antecipado para os três dias) e estão à venda no site do MECA.

MECAInhotim
07, 08 e 09 de julho (sexta, sábado e domingo)
Endereço: Instituto Inhotim – Rua B, 20 – Centro, Brumadinho (MG)
Site: www.meca.love

Projeto SÊLA é uma aliança entre as mulheres do mercado da música que estreia com festival

Projeto SÊLA é uma aliança entre as mulheres do mercado da música que estreia com festival

O simples exercício de se colocar no lugar da outra pessoa resultou numa iniciativa incrível para as mulheres que trabalham na/com/para a música. Trata-se da SÊLA! Já chamaram o projeto de selo, festival, evento, plataforma…. calma que a gente explica! A SÊLA é uma aliança entre cantoras e mulheres envolvidas no mercado musical, tendo como uma de suas primeiras ações um festival.

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Entre os dias 1 e 5 de fevereiro, a programação de shows, discotecagens e debates se espalha entre o Centro Cultural São Paulo, a Breve e O Lourdes. Tiê, Tássias Reis e As Bahias e a Cozinha Mineira são apenas algumas das representantes poderosas que sobem ao palco. Lá embaixão, você confere a programação completa, mas, antes, dá uma olhada no papo que o WME bateu com a cantora e compositora paulista Camila Garófalo, que é a idealizadora e articuladora da SÊLA.

WME – O nome SÊLA vem de “ser ela”, “se colocar no lugar da outra”. Em que momento você se colocou no lugar de alguém e vislumbrou a SÊLA?

CAMILA GARÓFALO – O conceito do que é a SÊLA já foi muito discutido, mas ainda foi pouco explicado. Acontece que comecei a me relacionar – amigavelmente e profissionalmente – com outras cantoras e compositoras. A troca entre a gente me fez perceber que muitas de nós passamos pelos mesmos dilemas e não compartilhamos as informações. Por exemplo, a cantora Ana Aggio foi em um show meu e me fez perguntas sobre o processo da gravação de um disco. Rolou uma troca, falei da minha experiência, da maneira como muitas cantoras acabam “reféns” dos produtores. No meu primeiro disco, eu não comentei muito sobre a produção. Agora, no meu clipe da música Camarim eu tive mais autonomia para dizer o que queria. Não é que você não pode ter um produtor homem, mas você tem que saber se impor. Isso pra dizer que esse conceito de se colocar no lugar da outra surgiu exatamente para ter troca de informação, o que resultou em uma aliança: a SÊLA.

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Tássia Reis, As Bahia e a Cozinha Mineira e Tiê são algumas das atrações do festival SÊLA

WME – E qual o principal objetivo da SÊLA?

CAMILA GARÓFALO – A gente até tem pretensão de ser um selo, mas não temos como suprir essa demanda agora. Vamos começar com ações coletivas. A primeira ideia foi o festival. Depois, queremos evoluir para selo, mas temos que amadurecer. Estamos nos colocando como essa aliança.

WME – Algumas iniciativas têm surgido do meio do ano passado pra cá. A SIM São Paulo instituiu que 50% da sua programação seria composta por mulheres, a Claudia a Monique criaram o WME, vocês surgiram com a SÊLA. Acha que teve alguma coisa específica que desencadeou essas iniciativas?

CAMILA GARÓFALO – Acho que essas iniciativas são reflexo do que a gente viveu no ano passado. Ter uma presidente eleita e ter a frustração dela não poder governar… Isso, pelo menos para mim, teve muito impacto. Eu acredito que ela foi tirada da posição por ser mulher. Outra coisa pontual foi a denúncia de abuso contra o Feliciano, que nada mais é a palavra de uma mulher contra a palavra de um “homem poderoso”. São assuntos que precisam ser tocados. Conforme as mulheres vão falando e compartilhando as suas experiências e situações, vamos nos sentindo mais fortes. Quando teve a denúncia contra o Feliciano, os movimentos feminista e LGBT que deram apoio. Por isso, essas alianças foram surgindo. A rivalidade entre as mulheres foi algo vendido ao longo dos anos. É preciso desconstruir isso.

WME – Além do festival, quais são as outras ações que devem deixar a SÊLA ativa ao longo do ano?

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A cantora Camila Garófalo pensou em criar uma aliança entre mulheres a partir de conversas com outras cantoras

CAMILA GARÓFALO – Ainda estamos planejando, mas temos várias ideias, entre elas festivais divididos por gêneros musicais, como um SÊLA instrumental ou um SÊLA sertanejo. Também queremos levar essa aliança para outras cidades, existe a possibilidade de ter um espaço no Dia da Música e também uma coletânea com uma seleção de cantoras.

WME – Acha que havia uma demanda por uma iniciativa como a SÊLA?

CAMILA GARÓFALO – Quando eu cheguei na Semana Internacional de Música de São Paulo (SIM SÃO PAULO), que foi onde anunciamos o festival, a SÊLA sé existia há dois dias. A partir do momento que coloquei o crachá da SIM no pescoço (com o nome da SÊLA nele), assumi que estava trabalhando pra essa ideia. Na própria SIM, muita gente me parou no corredor para falar que era uma iniciativa legal; teve gente que se colocou à disposição para tocar e estar junto. A quantidade de cantoras que entraram em contato foi impressionante.

WME – Na programação do festival, tem espaço para As Bahias e a Cozinha Mineira, que tem as trans Assucena Assucena e Raquel Virgínia nos vocais. É algo bastante representativo…

CAMILA GARÓFALO – Achei genial a presença delas no festival. Lutamos muito para ter a presença delas, justamente pela representatividade. Talvez a SÊLA tenha sido um dos primeiros convites do meio que as abraçou como mulheres. Não é questionar o gênero, são mulheres. Claro que elas têm de estar em eventos de visibilidade trans, é extremamente importante. Mas a partir do ponto que também estão em um festival de mulheres, existe uma legitimização.

Confira a programação completa e o serviço do Festival SÊLA:

SÊLA @ Breve
Demandas Lôca do Play no Festival Sêla
Data: 1 de fevereiro
Local: Breve. Rua Clélia, 470, Pompeia
Programação:
19:00 | Bate-papo: “Paradigmas da mulher na música” com artistas da cena independente da música: Drika Oliveira, Manallu, Silvia Sant’Anna, Nina Oliveira e Amanda. Mediadora: Cris Rangel
22:00 | Show: Anna Tréa.
23:20 | DJ set: Juli Baldi
Ingressos: R$ 15 (antecipado) | R$ 20 (na porta).

SÊLA @ O Lourdes
Data: 2 de fevereiro
Local: O Lourdes. Rua da Consolação, 247, Loja 8
Programação:
20h | DJ Luana Hansen + Érica + SANNI (Alemanha) e Amanda Mussi (DJ set)
Ingressos: R$ 15 (na porta)

SÊLA @ Centro Cultural São Paulo
Local: CCSP. Sala Adoniran Barbosa. Rua Vergueiro, 1000, Paraíso
Programação:

3 de fevereiro, a partir das 19h:
– abertura: LaBaq + Marina Melo (+ Mel Duarte)
– show: Tássia Reis
Ingressos: R$ 15
Venda

4 de fevereiro, a partir das 18h:
– abertura: Sara não tem nome + Camila Garófalo
– show: As Bahias e a Cozinha Mineira
Ingressos: R$ 15
Venda

5 de fevereiro, a partir das 19h:
– abertura: Natália Matos + Sandyalê
– show: Tiê
Ingressos: R$ 15
Venda

Women’s Music Event chegou para aumentar o protagonismo da mulher na música

Women’s Music Event chegou para aumentar o protagonismo da mulher na música

Com o intuito de ser tornar o eixo central em torno dos eventos focados no universo musical feminino que surgem a cada dia no Brasil, o Women’s Music Event (WME) é uma plataforma de música, negócios e tecnologia vista por uma perspectiva feminina.

Seu objetivo é destacar a participação e promover a inclusão de mulheres no mercado da música, um setor ainda muito associado ao universo masculino. A iniciativa visa fomentar a união e a colaboração entre mulheres que já atuam no mercado da música e encorajar aspirantes a entrarem na indústria de forma mais assertiva.

A plataforma WME nasceu primeiramente em formato de conteúdo digital, através do lançamento do portal WME, com uma série de conteúdos exclusivos, como a série em vídeo WME Sessions, que estreia com show intimista da cantora paulista Tássia Reis.

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O site ainda traz playlists, matérias, além de programas em vídeo e colunas fixas, como a Meu Estúdio, que destaca os equipamentos de estúdios caseiros e a rotina de gravação de produtoras de diversos gêneros musicais, a Mina de Ouro, que enfoca um lançamento musical bombástico por semana, a coluna Backstage, que trará entrevistas com mulheres que trabalham no mercado da música, entre outras seções fixas.

Além dos conteúdos atualizados semanalmente, o portal WME traz serviços, como uma agenda que agrupará os principais eventos femininos espalhados pelo mundo, além de uma ferramenta importantíssima que reunirá dados de profissionais da música do mundo todo, que poderão se cadastrar diretamente pelo site. Trata-se de um banco de dados inédito, que poderá alimentar a indústria da música com profissionais gabaritadas distantes a apenas alguns cliques de empresas interessadas em equilibrar a participação entre gêneros em seus quadros de funcionários.

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A segunda etapa do lançamento do Women’s Music Event acontece em março de 2017, quando serão realizados os eventos físicos do WME, divididos em dois dias de conferências e duas noites de shows e festa em São Paulo.

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A parte diurna do WME, que será realizada num dos edifícios públicos mais bonitos da cidade, a Biblioteca Mário de Andrade, irá abranger painéis sobre os mais diversos assuntos ligados ao universo musical, de negócios a tecnologia, além de workshops técnicos e showcases. No total, cerca de 50 mulheres, entre artistas, executivas, jornalistas, técnicas, engenheiras e produtoras irão palestrar nos 12 painéis e 6 workshops da programação.

A parte de shows se divide em duas noites. A primeira, focada no universo da música eletrônica, dará espaço para DJs e produtoras brasileiras, além de abrir um importante intercâmbio com disc-jóqueis e produtoras sul-americanas, sem esquecer de big names da Europa e dos Estados Unidos.

Na segunda noite, o palco do WME se abre para estilos diversos, de cantoras brasileiras a bandas. O line-up da conferência e das festas, bem como o detalhamento da programação de painéis e workshops, será divulgado nos próximos meses através do site WME, além dos parceiros de mídia, como os sites Music Non Stop e Popload, e as revistas TPM e Rolling Stone.

IDEALIZADORAS

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A jornalista Claudia Assef e a produtora cultural Monique Dardenne na Rio Music Conference em SP

O WME nasceu da união de forças entre a jornalista e DJ Claudia Assef e a produtora cultural e advogada Monique Dardenne, duas mulheres que trabalham há muitos anos na indústria da música e por isso mesmo entendem que algo tinha que ser feito para catalisar o processo de aumento da relevância e do protagonismo da mulher nesse setor.

Jornalista, escritora e DJ, Claudia é uma das mais respeitadas pesquisadoras musicais do país, além de ser publisher do site Music Non Stop e autora do livro Todo DJ Já Sambou. Monique é manager de artistas há 15 anos, foi também Label Manager da Plataforma Skol Music e diretora da webtv inglesa Boiler Room no Brasil, além de fundadora da MD/Agency.

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WME Sessions estreia com show intimista de Tássia Reis

WME Sessions estreia com show intimista de Tássia Reis

Tássia Reis poderia simplesmente ser definida pelas suas características artísticas, como compositora e cantora, e já seria suficiente para que se escutasse com atenção o trabalho dessa artista nascida em Jacareí há 27 anos, que faz do hip hop sua arma contra e a favor do mundo. Mas ela é bem mais que isso – é uma usina criativa de convicções, em que seu discurso tão feminista quanto libertário (nas mais diversas vertentes, da intolerância à opressão emocional) dita canções sublimes, embaladas por sua doce voz em gêneros abertos, do rap ao reggae.

Tássia demorou a se entender artista. Durante a adolescência fez parte de grupos de dança urbana em Jacareí. Foi quando descobriu a cultura hip hop e canalizou sua veia criativa para escrever dentro dos gêneros que este abrangia.

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O disco Outra Esfera, lançado em 2016, traz uma madura, consciente de seu trabalho e de sua importância no cenário da música nacional. Bem neste momento forte da carreira ela gravou com exclusividade para o Women’s Music Event a estreia do programa WME Sessions, um misto de show intimista permeado com perguntas sobre a carreira de artistas dos gêneros mais diversos da música.

O programa foi gravado num casarão no Pacaembu, em São Paulo, e traz Tássia acompanhada de sua banda, composta por baixo, sopro, teclado e bateria. O formato trouxe nova roupagem para músicas novas, como a deliciosa Semana Vem, e hits antigos, como Meu Rapjazz.

Então dá o play porque o programa está imperdível.

WME SESSIONS #1 – TÁSSIA REIS