“Bota o seu chapeuzinho, sai balançando o rabinho, agora manda um beicinho”, canta Marina Lima em “Só os Coxinhas”, novo single que abre caminho para seu 21º disco. A cantora e compositora foi nossa madrinha no WME 2017 em um momento emocionante da noite, e chega a 2018 com novos projetos e o álbum “Novas Famílias”.
Ao lado de parceiros como o irmão Antonio Cicero, Letrux, Silva e Marcelo Jeneci, a pesquisa musical da cantora vai do funk ao brega, resgatando elementos clássicos de sua sonoridade e até mesmo trazendo uma regravação de “Pra Começar”, lançada originalmente em 2000.
Feliz com o engajamento das pessoas diante dos problemas do cenário político atual, Marina comentou que o single “Só os Coxinhas” é sobre pessoas que querem se dar bem a todo custo. A cantora também liberou um lyric video, e lança o videoclipe oficial no dia 3 de fevereiro.
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Acontece
WME Awards by VEVO foi uma noite de empoderamento e união entre as mulheres da música
Pra começar este texto sobre a noite de terça (28), quando o primeiro WME Awards by VEVO ganhou vida, após seis meses de planejamento e trabalho, a descrição da cena abaixo cai muito bem:
Quase final da premiação, Karol Conka sobe ao palco do WME Awards e fala ao microfone: “Vem, amigas”.
Foram entrando Preta Gil, Raquel Virgínia, Assucena Assucena, e então Tássia Reis chega ao centro do palco e começa a improvisar sobre uma cama musical feita ao vivo pela banda formada só por mulheres:
“As mina rima, risca, dança, grafita, não se limita e tem macho que chora e se irrita. Escreve, produz, filma, edita, e ainda bate de frente com quem desacredita. Vai vendo a fita que a gente enfrenta todo dia, mas minha voz milita e ecoa nas periferias.”
Só então a guitarrista Monica Agena solta o riff de Lança Perfume, música que encerraria o Prêmio WME com um time da pesada no palco. Além das cantoras já citadas e da banda, formada por Lan Lanh, Simone Sou, Lana Ferreira e Anna Tréa, além de Monica, a baiana Pitty, que assistia a tudo da primeira fila da plateia acabou se rendendo ao chamado das amigas e subiu ao palco pra cantar com elas a homenagem à Rita Lee.
Essa foi a tônica da noite. Durante quase uma hora e meia de premiação, o que mais se viu foram mulheres torcendo por mulheres. Profissionais das mais diversas áreas da indústria musical estiveram lado a lado numa noite em que o espírito de participação e de pertencimento suplementou qualquer sombra de vibe de competição. O que se viu foram manas apoiando manas. Mulheres aplicando a tal da sororidade em doses elevadas.
E momentos de muita emoção não faltaram. Logo no início da premiação fomos surpreendidas pela chegada de Elza Soares, que caminhava com dificuldade, amparada por seus assessores, por conta de uma cirurgia recente. Ela fez questão de estar na premiação e fez questão de se sentar ao lado de Pitty, com quem protagonizou outra cena para corações fortes, um dueto de Na Pele, improvisado na plateia, logo após terem recebido o prêmio de Melhor Videoclipe.
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Conduzido com naturalidade e muito bom humor pela brilhante Preta Gil, o prêmio teve participações especiais de diversas convidadas, entre elas Karol Conka, vencedora de dois prêmios (Melhor Música e Melhor Cantora), Marina Lima, As Bahias e a Cozinha Mineira, Sarah Oliveira, Thaynara OG, Mulher Pepita, Manu Gavassi, Ellen Milgrau, Tássia Reis, Bia Boca Rosa e Mariana Saad, além de Fátima Pissarra e Claudia Assef, organizadoras que também apresentaram categorias.
E já que era um prêmio de música não faltam shows incríveis pontuando a noite. Abrindo com Daniela Mercury cantando sua versão de Banzeiro, de Dona Onete, (Daniela gravou sua participação no ensaio durante a tarde, pois teve que voltar para Salvador devido a uma morte em família), a noite teve apresentações das Bahias e a Cozinha Mineira, da própria Preta Gil, cantando o hit recente Vá Se Benzer, Karina Buhr com sua maravilhosa poesia feminista em Selvática (acompanhada pelos tambores de Lan Lanh, Simone Sou e Anna Tréa), além das homenagens a dona Helena Meirelles, que teve a faixa Guaxo tocada com maestria por Monica Agena, e Rita Lee, que foi celebrada ao final da premiação com uma farra de cantoras interpretando Lança Perfume.
Sobre o prêmio em si, vale um parêntese. Desenvolvido pelo Estúdio Pum, ele simboliza um seio, feio em mármore e madeira. Como acompanhamento para o troféu, o anel ELLA, desenvolvido pela designer de joias Beatriz Brennheinsein, era a concretização do elo entre as mulheres que estará a partir de agora visível nas mãos das vencedoras.
Entre tantos discursos fortes, um dos mais marcantes foi o de Vera Egito, vencedora na categoria Melhor Diretora de Videoclipe: “nós não competimos umas com as outras, manas, nós nos fortacelemos”. É isso, Vera. Pra que perdeu esta festa da música brasileira que celebrou o feminino, basta clicar no link abaixo e curtir a íntegra da premiação.
Aproveitamos para agradecer a nossos patrocinadores e apoiadores Niely, TNT, Jameson, Bueno Vinhos, Petybon, Beatriz Brennheisen e Mica e felicitamos não só as vencedoras mas todas as indicadas ao WME Awards by VEVO 2017. Sim, porque este foi apenas o primeiro ano de muitos. Como disse Karina Buhr antes de começar seu número, também temos fé que um dia ser mulher seja algo normal. Mas até lá, tem muito trabalho pela frente. Até 2018!
FOTOS RENATA BRASIL, MELISSA HAIDAR, GISELLE GALVÃO, NATHALIE BOHM E RENATA CHEBEL
Quando a pequena Amora, filha da cantora Tiê, entrou no palco da Sala Adoniran Barbosa, onde a mãe se apresentava diante de uma plateia formada por participantes do primeiro dia (17) do Women’s Music Event, ninguém achou estranho. As duas filhas de Tiê e uma amiguinha (também chamada Amora) estavam tão à vontade que usaram aquele espaço sagrado do Centro Cultural São Paulo como se fosse a extensão de um quarto de brinquedos. As músicas delicadas do repertório, executadas em parceria com o músico André Whoong, que se revezava no piano e no violão, emolduraram aquela cena como adornos extras de candura. Até que Amora se deitou ao lado da mãe e fechou os olhinhos. Explosão de fofura.
O tom da primeira edição do Women’s Music Event, que aconteceu nos dias 17 e 18 de março, em São Paulo, foi bem esse. Nos dois dias e duas noites de programação, que somou quase 30 atividades diferentes, o clima foi de comunhão, troca de experiências, relatos apaixonados de quem vive da música, participação calorosa do público e um grande número de crianças circulando pelo Centro Cultural São Paulo, onde foram concentrados painéis, workshops e shows da parte diurna do WME.
Durante os dois dias no CCSP, mais de 600 pessoas, entre público e convidadas, trocaram impressões e experiências, como se vivêssemos numa pequena bolha onde a mulher é a grande protagonista da indústria da música. E, falando em protagonistas, conseguimos reunir mais de 60 profissionais com muita história pra compartilhar, de diretoras de grandes empresas a roadies, passando por todo o ecossistema da música.
Abrimos os trabalhos na sexta, às 13h, com a cidade debaixo de um baita toró. Deve ter sido pra testar nossos corações, mas qual não foi nossa surpresa ao ver a sala Adoniran Barborsa quase cheia para receber o painel Sorte, suor ou dinheiro? Como uma música vira hit na Internet, Rádio ou Televisão, com mediação de Fátima Pissarra, diretora da Vevo Brasil, com participação de Tatiana Cantinho, da Som Livre, Ligia Lima, do YouTube, Jany Lima, Diretora Artística da Rádio Maringa FM e a assessora de imprensa Mariana Piky Candeias, da Batucada Comunicação. Coisa linda ver mulheres com tanto conhecimento esmiuçando um tema permeado por explicações técnicas, porém em que a sorte e o intangível também atuam fortemente.
Nos intervalos, música e conversas no Lounge WME, que teve apoio das empresas ESP e Mapex, que juntas montaram o Music Lab, um minipalco com instrumentos plugados para quem quisesse montar uma banda ali na hora. O espaço tinha também comidinhas, café e um freezer da Ben & Jerry’s com sorvetes de graça para quem estivesse circulando pelo evento. Outras parcerias super-importantes: com o app Cabify, que ofereceu entre 25% e 50% de desconto a todos os participantes do WME 2017, e com a Vult, que ofereceu kits de maquiagem incríveis para todas as participantes – e um batom nas bags de quem comprou o passaporte WME 2017.
O segundo painel do dia reuniu as poderosas dos movimentos urbanos, as DJs e produtoras BadSista (festa Bandida), Cashu (Mamba Negra), Gabriela Ubaldo (Macumbia) e a cantora e agitadora cultural Lei Di Dai (Gueto Sistema de Som). Cada uma trouxe suas experiências como fazedora de festas aos ouvidos atentos de quem estava na plateia.
Ousadia costuma ser um fator divisor de águas na carreira de uma artista. E foi sobre esse tema que Fátima Pissarra, Tatiana Cantinho, Fabiana Batistela (SIM São Paulo) e Briba Castro (Universal) falaram, cada uma trazendo suas experiências e pontos de vista distintos. O painel foi mediado pela sagaz Bia Granja, do YouPix. Em seguida, o tema em pauta foi o rádio e seu poder de mobilização. Mediado pela radialista Fabiana Ferraz, o painel reuniu Luka Salomão, da 89 FM, Jany Lima, da Rádio Maringa FM, a primeira DJ do Brasil, Sonia Abreu (Ondas Tropicais/UOL) e Biancamaria Binazzi da Rádio-Estúdio Manacá. Quem não sabia ficou sabendo ali que o rádio é um dos veículos mais dominados pelos homens, sendo Jany uma das poucas diretores artísticas do dial brasileiro.
Pausa musical para quem estava participando do WME curtir o show da Tiê, que, como relatamos no começo do texto, emocionou a todos com sua delicadeza e participação especial das filhas, que até cantaram um trechinho da música tema da animação Moana. “É um prazer participar de um evento como esse, especialmente porque eu venho de uma família de mulheres muito fortes. Temos que nos unir mesmo e nos fortalecer”, disse Tiê no palco.
A sexta-feira ainda tinha grandes temas a serem debatidos. Um dos momentos altos do dia foi o painel Por trás de um/uma grande rapper tem sempre uma grande mulher sobre a arte de administrar carreiras de grandes artistas do rap nacional. Convidamos para este painel Eliane Dias (Racionais MCs e Boogie Naipe), Juliana de Jesus (Tássia Reis e Rimas & Melodias), Daniela Rodrigues (Rashid) e Marina Helena (Black Ailen). O papo teve mediação da jornalista e apresentadora Renata Simões e alternou momentos fortes, como quando Eliane Dias contou sobre sua chegada para organizar a vida artística dos Racionais, com passagens divertidas. “Antes nem se fazia contrato pra show de rap. Achavam frescura. Os grupos chegavam pra se apresentar em lugares com chão molhado. Eu chegava e falava: ‘por favor, seca este chão. O rap merece respeito!'”. Foi maravilhoso.
O último painel da sexta reuniu três artistas de peso da música brasileira, Mahmundi, Tiê e Karina Buhr, pra falar sobre o que fazem longe dos palcos. Afinal, artista hoje em dia não fica sentada esperando aparecerem contratos. Tiê falou do trabalho de sua produtora independente, a Rosa Flamingo, e lembrou dos tempos em que ela mesma fechava trabalhos por telefone usando o nome de uma agente fictícia. Mahmundi, que trabalhou como técnica de som no Circo Voador, no Rio, lembrou momentos de extremo machismo que teve que enfrentar na carreira e contou como acabou conquistando a confiança dos colegas da técnica. Karina, que também é escritora e ilustradora, falou da importância desse momento de valorização da mulher na indústria da música e lembrou que vira e mexe ainda ouve (e muito) frases como: “nossa, seu disco é muito bom, quem é seu produtor?”. O encerramento do primeiro dia não poderia ter sido mais convidativo à reflexão.
NOITE ELETRÔNICA NA CASA 92
Na própria sexta-feira (18), a partir das 23h, o Women’s Music Event tomou conta das três pistas da Casa 92, em Pinheiros, com um dream team de DJs brasileiras: Amanda Mussi, Andrea Gram, Mari Rossi x Carol Campos, Mari Mats, Paula Chalup x Ana Flavia e BadSista. A festa, que teve apoio de Jameson e da Heineken, teve drinks a preços especiais, e a galera aprovou.
No som, um mix que foi de drum’n’bass, bass music, house, hip hop, pop até o techno. Um verdadeiro luxo poder migrar de uma pista onde estavam tocando, por exemplo, Ana Flavia x Paula Chalup e depois ouvir a sensação da bass music, BadSista. Uma noite de música eletrônica plural e com muita qualidade, exatamente como o line-up propunha. Obrigada a todas as DJs por estarem com a gente, a noite já gerou mil ideias de desdobramentos que serão divulgados em breve.
MARINA LIMA & MAIA
O sábado começou um pouco mais tarde, 15h, com atividades simultâneas. O primeiro painel focou num assunto infelizmente ainda muito necessário, o assédio moral e sexual no trabalho. Ali aprendemos que existe toda uma área cinzenta em torno do assédio, que muitas vezes torna difícil – mas não impossível – comprová-lo. O painel teve a presença da delegada Sabrina R. Almeida, da 1a Delegacia de Defesa da Mulher, da cantora Negra Li, que compartilhou um caso delicado vivido por ela, e da guitarrista e roadie Marianne Crestani, que trabalha no Girls Rock Camp, acampamento musical para meninas de 7 a 17 anos sobre o qual já falamos aqui. O papo foi mediado pela escritora Gaia Passarelli, que em 2016 lançou o livro Mas Você Vai Sozinha? (editora Globo).
Sob mediação de Fatima Pissarra, da VEVO, o painel seguinte explorou o tema Como a Música Potencializa a Exposição das Marcas. Reunimos profissionais que lidam com o dia a dia de misturar música com marketing: Celia Goldstein, do Spotify, Vanessa Brandão, Diretora da Heineken, e Flávia Molina, diretora de Marketing da Pernod Ricard, puderam expor um pouco de suas estratégias para atrair mais interesse para suas marcas usando a melhor ferramenta para conectar as pessoas a elas, a música.
Na sequência, talvez o painel mais lotado do WME 2017: o Q&A com a madrinha do evento, a cantora Marina Lima. Assim como aconteceu no show de Tiê, o ambiente lá-em-casa convidou Marina a ter uma conversa totalmente à vontade com esta jornalista que vos escreve (e olha que eu estava nervosa!). Seguiu-se um papo de uma hora num piscar de olhos, com participação especial de Maia, minha filha mais nova, que não se fez de rogada a invadiu o palco (e se sentou no sofá ao lado de Marina) algumas vezes.
O último painel do dia foi também um dos mais divertidos! Sentaram-se à mesa para debater o tema O mercado de entretenimento está chorando ou vendendo lenços? as cabeças à frente de alguns dos festivais mais importantes do país: Leca Guimarães, representando o Lollapalooza Brasil, Paola Wescher, do Popload Festival, Juliana Cavalcante, do King Festival e Ana Garcia, do No Ar Coquetel Molotov. A mediação foi da radialista Debora Pill, e uma das conclusões a que a banca chegou foi que, pra fazer um festival no Brasil, um pré-requisito básico é que a “pessoa seja um pouco doida da cabeça”, como disse a divertida Juliana Cavalcante.
WORKSHOPS CONCORRIDOS
Os workshops do WME 2017 foram todos concentrados no sábado (18), nas amplas Salas de Ensaio I e II do CCSP. Um dos mais lotados foi Oportunidades que surgem em Editais e Leis de Incentivo. Por onde começar?, ministrado pela Inti Queiroz.
Sala cheia também para o Imagem é tudo? Comunicação para a música nos dias de hoje conduzido por Fabiana Batistela, criadora da SIM São Paulo, e Olho na Planilha, Pé na estrada: por dentro da profissão Tour Manager com Fabiana Lian. Mais voltados para questões técnicas, muita gente quis botar a mão na massa nos workshops musicais Synth Gênero, com Érica Alves, Aquecimento Vocal, com Ana Terra, e Noções Básicas de Discotecagem, com a DJ Lisa Bueno.
Pra encerrar a parte diurna do WME 2017, duas bandas icônicas de diferentes gerações foram escaladas. As Mercenárias se apresentaram na Sala Adoniran Barbosa, que foi aberta ao público em geral para ver seu som punk, que celebra 35 anos em 2017. Em seguida, as divas do grupo vocal Rimas & Melodias soltaram suas vozes e beats tirando todo mundo das cadeiras e finalizando a passagem do Women’s Music Event pelo Centro Cultural São Paulo no mais alto astral.
NOITE DE ENCERRAMENTO
O sábado ainda reservava um grand finale no Espaço 555, nova casa de eventos do grupo The Week no centro de São Paulo, com shows de Drik Barbosa, Karina Buhr e Ava Rocha, e discotecagem de Sonia Abreu e Tata Ogan. As projeções maravilhosas foram criadas pela VJ Elka Andrello.
Toda a equipe técnica do WME 2017, de roadies à diretora técnica, foi formada por mulheres, tanto no CCSP quanto no Espaço 555, fato, até onde sabemos, inédito no Brasil.
O palco baixinho, bem próximo do público, deu a quem foi à festa uma sensação de show privê. Quem abriu a noite foi a DJ Sonia Abreu, que há 52 vem prestando bons serviços às pistas de dança brasileiras. Ela esquentou a plateia para a entrada de Drik Barbosa, integrante do Rimas & Melodias que vem construindo uma sólida carreira solo. Foi lindo ver Drik brilhando, acompanhada de backing vocal e DJ.
Karina Buhr virando monstro no palco do WME 2017
Depois, a DJ Tata Ogan fez a cama perfeita, passeando de brasilidades a drum’n’bass, para receber a cantora Karina Buhr, que veio armada até os dentes com o repertório de Selvática, seu disco mais recente, cheio de letras para deixar qualquer machista com medo de sair de casa. Além de seu poder de amazona delirante, Karina tem outros guerreiros poderosos no palco, como o parceiro musical de longa data, Edgard Scandurra. Ela termina o show literalmente se jogando do palco, deitada no chão diante do público, que quase se joga junto.
O show seguinte também não deixaria pedra sobre pedra. Ava Rocha e banda voaram do México em meio à sua turnê pelas Américas especialmente para encerrar o WME 2017. E foi maravilhoso ver de perto essa artista que mistura momentos de candomblé com jazz, rock com batuque e MPB com baião, com sua voz de Angela Ro Ro revisitada pela era da pós-verdade. Já passavam das 4h quando Ava desceu do palco e foi abraçada pelo público, num abraço coletivo que não poderia ter sido mais a cara desse clima todo de WME 2017. Já estamos ansiosas para 2018 🙂
VEJA MAIS FOTOS DO WME 2017 NO ÁLBUM ABAIXO
Esse adesivão ficou lindo na porta do CCSP, né?
Painel sobre ousadia na carreira
O lounge com sorvete e boas conversas
Claudia Assef e Monique Dardenne do WME
Qual é o próximo painel?
Tiê
Tiê e Amora = fofuras
Amoras em ação
Melhor placa de banheiro: obrigada CCSP
Lado B das Artistas
Crianças: muitas vieram 🙂
Music Lab
Nossa madrinha linda, Marina Lima
Workshop com Fabiana Lian
Marcas e música com Fatima Pissarra, Flávia Molina, Vanessa Brandão e Celia Goldstein
Inti Queiroz dando o caminho das pedras
Lisa Bueno no workshop de DJ
Fabiana Batistela em seu workshop
Fatima Pissarra, Flavia Molina, Vanessa Brandão e Celia Goldstein
Marian Lima: Q&A com a Madrinha do WME 2017
Marina e Claudia Assef batem papo depois do Q&A
Eliane Dias e Juliana de Jesus
Workshop Synth Gênero da Érica Alves
Mão no synth
Workshop de preparação de voz com Ana Terra
Futura batera?
Show das Mercenárias
Rimas & Melodias
Rimas e as minas do WME
Rimas & Melodias
A voluntária Sue em momento de diversão com Jameson
BadSista na Noite Eletrônica do WME 2017
Mari Mats na Noite Eletrônica do WME
Ana Flavia & Paula Chalup na Noite Eletrônica do WME 2017
Lançada em dezembro do ano passado, a plataforma de música, negócios e tecnologia Women’s Music Event (WME) anuncia os conteúdos de seu primeiro evento físico, uma série de painéis, workshops, festas e shows que irão acontecer nos dias 17 (sexta) e 18 (sábado) de março, em São Paulo.
Para esta primeira edição, a cantora Marina Lima foi escolhida para ser a madrinha. A cada ano, o WME irá escolher uma artista brasileira para ser homenageada no evento. A escolha de Marina deu-se não só pelo conjunto de sua vasta obra, mas também pelo seu caráter renovador; mesmo sendo uma artistas das mais consagradas da música nacional, Marina está sempre buscando o novo e não tem medo de sair da sua zona de conforto. É ousada, moderna e sempre curiosa. Ela participará de um painel totalmente dedicado à sua carreira dentro da programação do WME 2017. Imperdível.
A parte diurna das atividades do WME acontecerá no Centro Cultural São Paulo. Serão 11 painéis de debates, 6 workshops e 3 shows. Entre os nomes confirmados nos painéis estão, além da já citada Marina Lima, artistas como Mahmundi, Karina Buhr, Lay, Tássia Reis, BadSista, Érica Alves, Cashu (Mamba Negra), Gabriela Ubaldo (Macumbia), executivas e empreendedoras como Fátima Pissarra (VEVO), Leca Guimarães (Lollapalooza/GEO), Sandra Jimenez (Youtube/Google Play), Fabiana Batistela (SIM SP/Inker) e empresárias de artistas como Eliane Dias (Racionais MCs/Boogie Naipe), Daniela Rodrigues (Rashid), Raíssa Fumagalli (Emicida), entre outras (veja lista com 25 nomes abaixo).
No total, serão mais de 50 participantes dos painéis WME 2017. Entre os temas confirmados estão Lado B de uma Artista Independente, Ousadia na Construção de Carreiras, Movimentos Urbanos: da Cumbia ao Techno, A Crise no Mercado do Entretenimento, Como Aumentar o Protagonismo de um Artista na Rádio, Marina Lima: Q&A, Como a Música Potencializa a Exposição das Marcas, entre outros a serem anunciados.
Ministrando os workshops estarão algumas das mais gabaritadas profissionais da indústria da música no Brasil. A criadora da escola On Stage Lab Fabiana J. Lian irá falar sobre Tour Management; a fonoaudióloga e mestre em voz profissional pela PUC Ana Terra irá ministrar um workshop sobre Preparação de Voz; e a DJ Lisa Bueno, dona da escola E-DJs, dará um workshop de Noções Básicas de Discotecagem. Outros três workshops serão anunciados nos próximos dias.
Entre os shows da parte diurna está confirmada a apresentação do grupo vocal Rimas & Melodias, um dos nomes mais representativos da nova geração do rap brasileiro. Juntas desde 2015, Rimas & Melodias é um coletivo formado pelas cantoras e compositoras Alt Niss, Drik Barbosa, Karol de Souza, Stefanie, Tássia Reis e Tatiana Bispo, acompanhadas pela DJ Mayra Maldjian. O grupo promove um diálogo potente entre rap, r&b e neosoul, com a proposta de desconstruir moldes e fortalecer a presença feminina, sobretudo a negra, no hip hop, na música, na sociedade.
NOITE
A parte noturna se divide em duas noites de shows. A primeira, focada no universo da música eletrônica, dará espaço para DJs e produtoras brasileiras e está marcada para a sexta-feira (17), com line-up e local a serem anunciados.
No sábado (18), o palco do WME 2017 se abre para cantoras brasileiras de diversos estilos. Entre as atrações confirmadas estão a rapper Lay, que recentemente estrelou o programa WME Sessions #2 , e a cantora sensação da nova MPB Ava Rocha. A noite que encerra a programação do WME 2017 será hospedada no Espaço 555, nova e belíssima locação no centro de São Paulo, administrada pelo grupo The Week. Os visuais ficarão por conta da VJ Elka Andrello. O restante da programação será anunciado nos próximos dias.
WME SESSIONS # 2 – LAY
O Women’s Music Event tem apoio da plataforma de vídeos Vevo, da cerveja Heineken, da agência Inker, da revista TPM e do site Music Non Stop.
PREÇOS
O passaporte para o programa completo, que inclui 2 dias de conferência (11 painéis + 6 workshops + 3 shows diurnos) no Centro Cultural São Paulo e 2 noites de festas (uma eletrônica e outra pop/rap), estará a venda a partir desta terça (21) em lote promocional por R$ 150. Vejo os outros preços abaixo.
Passaporte WME 2017Promocional – R$ 100 para as 2 noites + R$ 50 para os dois dias no CCSP (R$ 25 para sexta; R$ 25 para sábado). Valor total R$ 150 – Dá direto a bag WME (lote com 200 ingressos)
Passaporte WME 2017 – R$ 120 para as 2 noites + R$ 80 para os dois dias no CCSP (R$ 40 para sexta; R$ 40 para sábado). Valor total R$ 200 – dá direito a bag WME
Passaporte WME 2017 Estudante ou 3a idade – R$ 60 para as 2 noites + R$ 40 para os dois dias no CCSP (R$ 20 para sexta; R$ 20 para sábado). Valor total R$ 100 – Dá direito a bag WME
Ingresso 1 Dia WME (sexta, 17/3 ou sábado 18/3 no CCSP) – R$ 40 ou R$ 20 (estudante ou 3a idade)
Ingresso 1 Noite WME (noite eletrônica ou noite pop/rap) – R$ 60 ou R$ 30 (estudante ou 3a idade)
NOMES CONFIRMADOS CONFERÊNCIA
Sandra Jimenez (YouTube e Google Play Música)
Fátima Pissarra ( Diretora VEVO)
Leca Guimarães (Lollapalooza/C3 Presents)
Paola Wescher (Popload Festival)
Eliane Dias ( Racionais / Boogie Naipe )
Daniela Rodrigues (Manager Rashid)
Raíssa Fumagalli (Produtora Emicida)
Marina Helena (Manager Black Ailen)
Piky Candeias (Batucada)
Fabiana Lian (On Stage Lab)
Sabrina R. Almeida ( Delegada 1ª Delegacia de Defesa da Mulher)
Mariane Crestini (Girls Rock camp)
Fabiana Batistela (SIM / Inker)
Claudia Assef (Music Non Stop)
Ana Terra (Cor & Voz)
Karina Buhr (artista)
LAY (artista)
Mahmundi (artista)
Érica Alves (artista)
Cashu (artista)
Rimas & Melodias (artista)
Badsista (artista)
Lei di Dai (artista)
Gabriela Ubaldo (artista)
Elka Andrello (VJ)
SOBRE O WOMEN’S MUSIC EVENT
A plataforma WME nasceu em formato de conteúdo digital, através do lançamento do portal WME, com uma série de conteúdos exclusivos, como a série em vídeo WME Sessions, que já estrelou shows exclusivos com as cantoras Tássia Reis e Lay.
O site ainda traz playlists, matérias, perfis, além de programas em vídeo e colunas fixas, como a Meu Estúdio, que destaca os equipamentos de estúdios caseiros e a rotina de gravação de produtoras de diversos gêneros musicais, a Mina de Ouro, que enfoca um talento musical atual ou histórico, a coluna Backstage, que traz entrevistas com mulheres que trabalham no mercado da música, entre outras seções fixas.
Além dos conteúdos atualizados semanalmente, o portal WME tem serviços, como uma agenda que agrupa os principais eventos femininos espalhados pelo mundo, além de uma ferramenta importantíssima, o Cadastro de Profissionais, que já conta com mais de 300 profissionais da música inscritas, cujos currículos estão disponíveis online para que empresas e contratantes interessados em equilibrar a participação entre gêneros em seus quadros de funcionários o faça sem maiores problemas.
IDEALIZADORAS
O WME nasceu da união de forças entre a jornalista Claudia Assefe a produtora cultural e advogada Monique Dardenne, duas mulheres que trabalham há muitos anos na indústria da música e por isso mesmo entendem que algo tinha que ser feito para catalisar o processo de aumento da relevância e do protagonismo da mulher nesse setor.
Jornalista, escritora e DJ, Claudia é uma das mais respeitadas pesquisadoras musicais do país, além de ser publisher do site Music Non Stop e autora do livro Todo DJ Já Sambou. Monique é manager de artistas há 15 anos, foi também Label Manager da Plataforma Skol Music e diretora da webtv inglesa Boiler Room no Brasil, além de fundadora da MD/Agency.