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Relatório da associação de gestão coletiva de direitos autorais mostra enorme brecha entre homens e mulheres

TEXTO POR UBC

É um movimento sem volta: as mulheres têm falado cada vez mais alto — e cantado e composto e produzido — para conquistar seu justo espaço na música. Um cenário não isento de percalços e dados empíricos que mostram que o desequilíbrio histórico entre os gêneros na nossa arte mais popular ainda está longe de desaparecer. Em março passado, a União Brasileira de Compositores (UBC), maior associação de gestão coletiva de direitos autorais musicais do país, publicou o estudo Por Elas Que Fazem a Música, com indicações claras do tamanho do problema.

Entre os mais de 24 mil associados, apenas 14% são mulheres, que representam não mais do que 10% entre os maiores arrecadadores e recebem, em média, 28% menos do que os homens nas distribuições dos valores de direitos autorais.
Além da varredura dos dados dos titulares da associação, o projeto propõe ações para aumentar a participação das mulheres, estimulá-las a criar e produzir, bem como compartilhar suas histórias, com o fim de ajudar outras a ganhar visibilidade. Veja aqui como fazer sua inscrição gratuita e tornar-se uma associada.

“Em um mundo ideal, este tipo de ação não seria necessário. Observando superficialmente, podemos ser levados a acreditar que, por se tratar de uma expressão artística, a música é inclusiva e neutra com relação aos gêneros, mas os números não mostram isso. A indústria da música não é isolada do mundo em que vivemos. Logo, os desafios das mulheres dentro deste ambiente refletem os mesmos problemas enfrentados em um contexto social maior”, afirma Elisa Eisenlohr, coordenadora de comunicação da UBC e do projeto.

Elisa Eisenlohr, coordenadora de comunicação da UBC e do Por Elas Que Fazem a Música

A atividade principal da UBC é a arrecadação de direitos autorais musicais. Sediada no Rio, e com escritórios em outros sete estados e no Distrito Federal, a associação é uma das sete que compõem o Ecad. Cabe ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição arrecadar os valores que devem ser pagos pelo uso de músicas em situações e atividades que são tidas como execução pública. Isso inclui a veiculação das obras na TV ou no rádio, a reprodução em serviços de streaming de áudio e vídeo, a execução em festas populares ou em ambientes variados como lojas, restaurantes, academias de ginástica ou quartos de hotéis, entre diversos outros exemplos. Se o Ecad arrecada os valores, são entidades como a UBC que os repassam aos seus respectivos titulares. Mas isso não é tudo o que a associação faz.

A promoção da cultura brasileira, o estímulo à criação musical e incentivos variados aos compositores e artistas integram o escopo da atuação expandida da UBC, e é nesse contexto que se insere o projeto Por Elas Que Fazem a Música. A expectativa é que a participação feminina se amplie exponencialmente. Para a UBC, não se trata somente de uma questão de justiça social. É pensar no mercado.

 

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