A composição e a criação acompanham a vida de Maíra Guedes desde sempre. Arquiteta por formação, traços, letras e melodias se fundiam, no grupo autoral UndêDiLira, passando por diversos festivais de música universitários com premiações. Adentra o universo do samba em 2010, formando o grupo de samba de mulheres “Moringa de Sinhá”, integrando a Ala Musical do Bloco de Carnaval União Altaneira e a Roda de compositores do “Projeto de Samba Sibipiruna”, reveladora de grandes compositores campineiros. Deste Projeto, nasce o grupo “Maíra Guedes e os Baluartes” (MG&B), com repertório autoral, caracterizado por um ecletismo rítmico, melódico e harmônico. Com a batucada de rua como linha de frente do instrumental percussivo, e arranjos inspirados nas sonoridades e de improvisação do jazz, suas canções mantêm-se, por um lado, nas tradições do samba, e por outro, carregam um forte elemento de contemporaneidade, contribuindo para a produção de uma nova estética sonora na cena do samba. Em 2016, lançam o disco “Sambas Contemporâneos”, onde os sambas de Maíra abrangem, contemplam e destacam o universo feminino e seus desafios e adversidades na luta para o reconhecimento e valoração do papel da mulher no samba e no mundo; e fazem residência musical em Havana, Cuba, no Projeto Ocupa Brasil. Realizam shows nas Fnac D.Pedro e Morumbi, Sesc Campinas e Bauru, Festival de Inverno de Amparo, Brasuca, Casa São Jorge, Casa Rio e outras diversas casas de shows. O EP OLHO DE GATO, trabalho solo de Maíra Guedes, se fortalece com instrumentação e elementos sonoros modernos, com o combo piano-bateria-baixo-guitarra-sintetizadores-sopros, evidenciando as novas texturas e timbres que surgem da sintetização do samba de raiz e ritmos vertentes com o mundo urbano. Parte de uma linha estética contemporânea e matura pontos que norteiam o trabalho e processos de criação de Maíra.