O Bloco Mulheres Rodadas surgiu em 2014, da ideia das jornalistas Renata Rodrigues e Débora Thomé, como forma de protesto contra uma postagem machista que dizia: “Não mereço mulher rodada”. Subvertendo a ordem e aproveitando o carnaval, o bloco perguntava: ainda cabe hoje algum rótulo dado às mulheres por conta de suas escolhas?
Em menos de 24 horas, o evento teve mais de mil confirmações no Facebook. No dia, mais de 3 mil pessoas, sobretudo mulheres, com fantasias e cartazes que remontavam os temas do feminismo, estiveram no Largo do Machado, na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2016 e 2017, o bloco voltou a levar 3.500 pessoas às ruas com uma banda majoritariamente formada por mulheres, com repercussão nacional e internacional.
Nos três anos, contou com o apoio institucional da ONU Mulheres. No primeiro ano, participou da campanha “O Valente não é violento”. Em 2016 e 2017, integrou o movimento #carnavalsemassedio
Atualmente, o bloco mantém uma página no Facebook (www.facebook.com/mulheresrodadas) com mais de 12 mil seguidores, na qual aborda temas relacionados ao feminismo, empoderamento e promove ações ligadas aos direitos das mulheres. Além disso, também oferece de oficinas de música, apresentações na rua e rodas de conversa.
O Bloco Mulheres Rodadas vem se consolidando como um importante referência de empoderamento da mulher na música e no carnaval na cidade do Rio de Janeiro, com enorme vocalização de suas atividades.
O movimento tem demonstrado a capacidade de criar um espaço de luta e de fala reunindo militantes históricas do feminismo e novas participantes, que veem na atividade artística um importante espaço de diálogo.
Ainda vemos, porém, espaço para atuar nas áreas de maior vulnerabilidade e exposição das mulheres à violência, como forma de trocar experiências e fazer música conjuntamente.
O bloco tem apresentado projetos em editais de fomento de movimentos sociais e culturais numa tentativa de se formalizar como coletivo.
Profissão: Instrumentista
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